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Caixa alguma, Isa Lisboa
Não caibo nessa caixa. Dou-te um pré-aviso, ainda que sabendo que não me ouves.
Não ouves o que te digo e por isso vais tentar colocar-me lá dentro, vais até ignorar o meu esbracejar defensivo. Acharás que podes mais que a física e que consegues colocar-me lá dentro. Tentarás fechar a tampa, usarás a força se for preciso. Mas a tampa não vai fechar.
E, porque acharás sempre que encontrarás um lugar onde me colocar, irás buscar outras caixas. E o périplo de novo se iniciará. Hei-de sempre resistir e tu hás-de sempre tentar. Talvez sejamos apenas dois teimosos, que insistem em teimar, apesar das evidências.
Mas eu não caibo nessa caixa. Por isso não posso deixar-te. E não caibo em nenhuma. Pelo menos não caibo, certamente, em nenhuma dessas que insistes em fazer-me ajustar.
# Monólogos da Desalinhada #
Instantâneos a preto e branco
http://instantaneospretobranco.blogspot.pt
Foto: Autor não identificado
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