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No grande livro das relações humanas ( o quê, desconheciam que existe semelhante coisa? Ah pois é... ) tudo está devidamente registado. Débito, crédito, débito, crédito... Numa contabilidade amorosa que não tem fim. Ou melhor, fim terá e nessa altura o ajustar de contas nunca é muito bonito. Os números sempre padeceram de grande beleza, são frios e cruéis. Já as letras, essas sim, em se juntando oferecem múltiplas possibilidades de reconciliação com as suas curvas e contra-curvas...
Há uns anos atrás uma amiga, casada há 40 e muitos anos dizia-me : Eu casei-me para fazer o Abílio feliz. Na altura fiquei boquiaberta. Ora, cada coisa que eu oiço, pensei para comigo, é suposto nós buscarmos a nossa felicidade e a nossa realização pessoal, era só o que faltava... Tal abnegação pareceu-me despropositada e desajustada à filosofia contemporânea do Me, myself and I. No entanto, a verdade é que se o outro pensar do mesmo modo, a fórmula só pode dar certo. Deste modo, o casal é de boas contas e o saldo está sempre equilibrado. Mas o difícil que é... Sendo uma curiosa sobre as relações humanas, passo a vida a perguntar a casais de longa data ( que ainda os há!), o segredo do seu sucesso. 90% reviram os olhos, suspiram e respondem " é complicado". São muitos números, na verdade,muita conta de somar, subtrair, dividir, multiplicar. Qual de vós domina bem a tabuada?
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